Livro Sociedades Do Antigo Oriente Próximo – Ciro Flamarion
Evolução Econômica da Mesopotâmia ao Longo do III,II e I Milênio = Grandes Eixos
Introdução
A econômia da Mesopotâmia,sofria com as guerras,calamidades naturais preujudicavam as forças produtivas,com uma sociedade tipicamente desigual,os agricultores mais pobres e o povo em geral se endividavam e sofriam bastante.
III Milênio A.C.
A agricultura era a principal atividade econômica no III milênio A.c. A cevada era o cereal mais cultivado além de diversos tipos de trigo que eram plantados.
A agricultura desde o Neolítico era associada a pecuária,o gado e também os asnos;eram usados como animal de tiro para o arado e para os carros,o cavalo só começou a ser usado no II milênio a.c.
Alem dos agricultores também existiam os artesãos haviam grandes oficinas,as estatais e também as familiares.O transporte usado pelo comercio local e o entre as cidades da Baixa Mesopotâmia,era a navegação nos rios,os riscos eram pequenos,porém a concorrência era grande. O comercio de longo curso foi o mais importante O excedentes agrícolas e também produtos manufaturados eram trocados no exterior por matérias-prima e artigos de luxo.Apesar de muito ariscado o coemrcio de longo curso permitia uma considerável acumulação privada de riquezas,porque se associava à compra de terras e escravos e ao empréstimo a juros. A economia era protomonetária: Não existia moeda cunhada a cevada e os metais eram usadas como moeda nas transações. A renda era em forma de tributos a corveia.Nas terras que pertenciam aos templos Sumérios do III milênio a.c.,a renda era destinada ao Rei e a membros da familia real.A tendencia do III milênio foi a ascensão dos chefes,alguns assumiram o titulo de rei,e se declaram divinos.Os templos ocupavam metade do solo arável ; o resto era dividido em terras do palácio e terras comunais,de familias grandes e comunidades aldeãs,algumas também pertenciam a individuos que não pertenciam ao estado.A economia da Baixa Mesopotâmia partia de duas estruturas básicas,o modo de produção palatino e modo de produção doméstico ou aldeão.A propriedade Privada era pouco importantes,alguns autores dizem que ela teria desaparecido durante período estatizante da III dinastia de Ur.As terras pertencentes dos templos eram cultivadas por mão-de-obra escrava,mas também por dependentes juridicamente livres;pequenas parcelas era distribuidas aos agricultores,artesãos,guardas,pescadores,escribas,serviçais etc,que recebiam rações.Os Templos eram enormes complexos.No período estatizante da III dinastia Ur,lavradores dependentes,não recebiam mais lotes de subsistência. Este sistema acabou no milênio seguinte.Os comerciantes eram funcionarios do palácio e dos templos,porém também faziam negócios por conta própria.
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II Milênio A.c.
Eram três tipos de propriedade sobre a terra:
1- As extensas terras reais.
2-Os domínios dos templos,muito menos importantes do que no período Sumero-acardiano.
3-As propriedades privadas,geralmente pequenas,mas numerosas;
Em terras reais encontrava-se três setores:
1-A parte administrada diretamente pelo palácio,trabalhada por lavradores dependentes e pessoas que cumpriam a “corveia real”.
2-Lotes arrendados,ou confiados a colonos.
3-Porções concedidas em usufruto a soldados e funcionarios em troca de serviços.
A escravidão ainda existia neste período,por causa da guerra,do tráfico,condenações judiciarias e por falta de pagamento de dívidas,por três anos Hammurapi limitou está ultima,os escravos eram designados para fazer trabalhos artesanais e serviços domesticos,raramente era mandado para trabalhos agricolas.Quem faziam trabalhos agricolas eram lavradores dependentes e trabalhadores assalariados alugados por dia,isto tanto para as terras do rei quanto em terras particulares.
A sociedade era dividida em três categorias jurídicas:
1-Awilum,homem livre que gozava de plenos direitos;
2-Mushkenum,homem livre com status inferior,poderia ser dependentes do pálacio tutelados e protegidos;
3- O escravo.
Variavam de acordo com a categoria,os direitos,privilegios e deveres.
As transações mercantis e creditícias,mesmo com a ausência de moeda cunhada,e a ausência da divisão do trabalho no período paleobabilônico essas transações se desenvolveram.Isto poderia ter abalado as estruturas comunitária das aldeias,porém isto é duvidoso.Poderá ter sem uma grande heterogeneidade regional na Baixa Mesopotâmia.
No período Cassita da Babilônia,a segunda metade do II milênio a.c.,é pouco conhecido.Povos tribais ao chegarem à Mesopotâmia se revitourou as estrutruras comunitárias com a interrupção dos editos,houve o abondono da proteção dos pequenos proprietários endividados,o que resultou a concentração da propriedade do solo.Os santuários atribuiram novamente muitas terras,mas sob o estreito controle real.
I Milênio A.c.
Na primeira parte do I milênio a.c.,a Baixa Mesopotâmia estava sob a influência indireta dos assírios e,depois,sob seu governo.
Os templos foram muitos favorecidos pelos assírios com doações,mantendo-o sob o controle do estado.
O domínio assírio sucedeu o Império Neobabilônico,neste momento os templos tiveram novamente em papel fundamental na economia.
O dizimo real atingia todas as terras,incluindo as dos templos,uma causa deforte oposição sacerdotal ao rei Nabonido,foram a emgerência do estado na economia dos santuários.
Os templos tinham ligação com a sociedade global,fato de que grupos de “notáveis” exerciam prebendas nos templos e era formado por “anciãos” os conselhos ou tribunais que funcionavam no interior dos santuários.
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As grandes oficinas artesanais e o intenso comércio exterior eram provavelmente controlados pelos templos.
O período persa não houve grandes mudanças estruturais,a moeda cunhada se introduziu,o que causou,um emprobecimento maior ainda dos camponeses que detinham menos recursos.
Conclusão
Em linhas gerais pode-se dizer que a forma de produção predominante na Mesopotâmia baseou-se na propriedade coletiva das terras administrada pelos templos e palácios. Os indivíduos só usufruíam da terra enquanto membros dessas comunidades. Acredita-se que quase todos os meios de produção estavam sobre o controle do déspota, personificação do Estado, e dos templos. O templo era o centro que recebia toda a produção, distribuindo-a de acordo com as necessidades, alem de proprietário de boa parte das terras: é o que se denomina cidade-templo.
Estudos recentes mostram que, além do setor da economia dos templos e do palácio, havia um setor privado que participava, também, da economia da cidade-estado.
Administradas por uma corporação de sacerdotes, as terras, que teoricamente eram dos deuses, eram entregues aos camponeses. Cada família recebia um lote de terra e devia entregar ao templo uma parte da colheita como pagamento pelo uso útil da terra. Já as propriedades particulares eram cultivadas por assalariados ou arrendatários.
Entre os sumerianos havia a escravidão, porém o número de escravos era relativamente pequeno.
Em contraste com as cheias regulares e benéficas do Nilo, o fluxo das águas dos rios Tigre e Eufrates, ao subir à Leste pelos Montes Tauro, é irregular e imprevisível, produzindo condições de seca em um ano e inundações violentas e destrutivas em outro. Para manter algum tipo de controle, fazia-se necessário a construção de açudes e canais, alem de complexa organização. A construção dessas estruturas também era dirigida pelo Estado. O controle dos rios exigia numerosíssima mão-de-obra, que o governo recrutava, organizava e controlava.
Bibliografia:Sociedades Do Antigo Oriente Próximo – Ciro Flamarion S.Cardoso;
Imagem retirada de: http://www.coladaweb.com/files/mapa-mesopotamia.png;
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